Com agens por gigantes da mídia e um olhar afiado para inovação, Claudine Bayma construiu uma carreira que une entretenimento, tecnologia e visão estratégica. Sua trajetória é marcada por transformações pessoais e profissionais que refletem a evolução do próprio consumo de conteúdo no mundo.
Formada em Publicidade, Claudine começou sua jornada no e-commerce na Alemanha, longe dos estúdios e câmeras com os quais sempre sonhou. Mas foi justamente essa vivência fora do país que ajudou a moldar sua forma de pensar negócios, inovação e cultura. “Acho que o principal desafio da minha carreira — e também uma grande força — é o fato de eu ser uma pessoa muito horizontal”, conta.
Desde então, a executiva trilhou um caminho que a por nomes como Globo, Discovery, Sony Pictures e, mais recentemente, Kwai, onde lidera uma operação multifacetada e em constante transformação. Entre recomeços, mudanças de rumo e aprendizados, ela construiu uma liderança que aposta na escuta ativa, na colaboração e na coragem de se adaptar — todos os dias.

Ainda estudante, Claudine tinha um objetivo claro: trabalhar na Globo. Curiosamente, sua porta de entrada para o mercado foi o comércio eletrônico, na Alemanha. De volta ao Brasil, a oportunidade com a emissora surgiu quase por acaso: entrou para cobrir uma licença maternidade e ficou. Por 11 anos, atuou na Globo Internacional, à frente de frentes como licenciamento de conteúdo, canais para lusófonos e streaming ao vivo, em uma época sem videoconferência e com muitas viagens.
Mas a maternidade transformou seus planos. “Quando minha filha de oito meses me estranhou, eu decidi que ia pendurar a mala”, relembra. O desejo não era parar — era reencontrar o equilíbrio. O novo capítulo viria com a Discovery, onde comandou canais femininos e de lifestyle com uma gestão mais próxima e colaborativa. De lá, partiu para a Sony Pictures, onde assumiu liderança em áreas como PR, criação, mídia paga e redes sociais, em plena virada da indústria com a chegada do streaming.
A visão ampla e integrada sobre negócios a levou ao Kwai em 2021, no início da operação no Brasil. Hoje, lidera marketing, conteúdo, operações, criadores, branded content e iniciativas proprietárias. “É bacana ver como cada tijolinho fez sentido”, reflete. Claudine também está à frente do recém-lançado app Sua Novela, reforçando sua convicção de que uma carreira consistente se constrói com repertório, propósito e capacidade de transformação contínua.

Gestão horizontal, troca real e adaptação constante
Para Claudine, o maior desafio da carreira é também sua base de atuação: a horizontalidade. “Nunca acreditei em hierarquia. Acredito em experiências diferentes, gerações, pontos de vista diversos”, afirma. Na prática, isso se traduz em uma liderança sem portas — literalmente. Ela senta na bancada com o time e aposta em um ambiente de troca, onde todos constroem juntos.
Essa dinâmica se reflete em ações como as do Big Brother 2024 e 2025, com ativações cocriadas por um time jovem, atento ao que viraliza. “Hoje, é tudo muito mais segmentado. As comunidades são nichadas — e é justamente isso que torna o conteúdo mais verdadeiro”, diz. Exemplo disso é a criadora Markelle, que produz suas próprias novelinhas para milhões de seguidores: um olhar novo sobre mídia e consumo.
A velocidade da transformação também exige dela uma curiosidade insaciável. “Em quatro anos, o Kwai deixou de ser só uma plataforma de short video para se tornar um ecossistema completo: temos e-commerce, live streaming, marketplace, IA”, explica. O dinamismo é um combustível, mas também um teste constante de flexibilidade. “Meu planejamento não é anual. Eu reviso tudo a cada dois meses”, completa.

Aprendizados, integração e novos formatos
Após se apresentar no CMO Summit em 2024, Claudine retorna com mais cases, mais repertório e a mesma sede por troca. “Aprendi muito no ano ado. Às vezes, ouvimos uma experiência e ela acende uma luz: ‘vou tentar esse caminho também’”, diz. Em 2025, ela promete uma apresentação recheada de histórias, como as do Kwai com Big Brother, Estrela da Casa, A Fazenda e até a estreia do streaming da série B do Brasileirão.
O talk show “A Rocha Cristina”, criado para o BBB, é um exemplo de pensamento 360°: do conteúdo ao social, do comercial à produção. Outro destaque é o crescimento do shop-tainment, com experiências como a live de 12 horas no Kwai Shop durante uma prova de resistência do Big Brother. A criadora Evelyn vendeu ao vivo enquanto a prova acontecia na Globo — entretenimento e conversão caminhando juntos.
Claudine também destacará o novo app Sua Novela, que leva dramaturgia brasileira e internacional para um novo público, reforçando a integração entre storytelling e plataforma. “Queremos mostrar como o conteúdo pode ser autêntico, relevante e comercial ao mesmo tempo”, resume. Com olhar estratégico e pé no presente, ela segue moldando o futuro do entretenimento — com criatividade, coragem e propósito.
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